domingo, 1 de abril de 2012

Millôr Fernandes, Lima Barreto e Marquer Rebelo

Lima Barreto, no livro O Triste Fim de Policarmos Quaresma, escreceu, em 1913: "E houve um em Niterói que teve seu quarto de hora de Celebridade", uns 50 anos antes de Andy Warhol.
Marques Rebelo corrigiu Machado de Assis; " Ao vencedor as minúsculas ervilhas de Mendel" Já Millôr Fernandes obeservou que estamos no século XXI. E ntão podemos dizer, parafrasenando, que hoje uma informação no Facebook, ou em outro meio de comunicação, tem seus 15 minutos de circulação.
_________________________

Divagando

Andy Warhol fez uma frase, conceitual , como eles dizem, que o tornou
famoso: “Todo mundo terá seus 15 minutos de glória até o fim do século.
Era do século XX que ele falava. Já estamos no XXI. Deu pra perceber?

Warhol tinha razão. Não há hoje quem não receba, por algum meio ou forma de exposição pública, esses tantos minutos de glória. Seja por ser muito bonito, muito brilhante ou até por ser muito feio. Hoje ninguém precisa ser nada pra ser alguma coisa.
Paradoxalmente Warhol conseguiu fama permanente por ter dito tal frase. Mas, ah, revelação!,: a frase já estava no ar assim que apareceram os meios mais ou menos ecléticos de divulgação. Lima Barreto, sempre antenado mesmo quando ainda não havia antenas, já tinha dito a frase em 1913 nos fascículos O Triste Fim de Policarmo Quaresma: “Houve um em Nitheroi que teve o seu
quarto de hora de celebridade”.
Peguei essa frase no belo opúsculo de apresentação do pintor José Maria Dias da Cruz, O Brasil em 15 minutos. Sem querer humilhar ninguém, José Maria é filho do grande   Marques Rebelo.
Ah, vocês não conhecem Marques Rebelo? Nunca leram o
Espelho Partido, só três volumes: O Trapicheiro, A Mudança, A Guerra está em nós? Pô, são 1 694 páginas. Não leram?
Então voltem ao seu Machado de Assis.

Millôr Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário